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Tragédia em Santa Maria

Programa debate a cobertura da imprensa no incêndio da boate Kiss

Observatório da Imprensa

No AR em 26/02/2013 - 23:00

Pauta

Editorial

Dos Telespectadores

Assista na Íntegra

 

Pauta:

A tragédia em Santa Maria, que matou 238 pessoas e deixou 81 feridos, tomou conta da mídia nacional desde a madrugada de domingo, 26 de janeiro. A imprensa da cidade do interior do Rio Grande do Sul foi obrigada a cobrir um fato de grande repercussão que movimentou as principais redes nacionais e agências internacionais de notícias. A pequena infraestrutura regional disputou espaço com os grandes veículos durante e depois do incidente e expôs as dificuldades deste relacionamento.

Um mês depois do incêndio, o Observatório da Imprensa volta a abordar o tema da mídia local já tratado, há dois anos, na catástrofe da Região Serrana do Rio de Janeiro. O programa vai a Santa Maria ouvir empresários locais de rádio, televisão e jornais para compreender as dificuldades de trabalhar com comunicação em pequenas cidades. E saber como foi a cobertura imediata de um assunto ao mesmo tempo tão extenso e tão comovente.

No estúdio, ao vivo, Alberto Dines e seus convidados vão analisar como os jornalistas das capitais cobrem os assuntos regionais e o espaço que a mídia local tem na cobertura nacional, restrito apenas a fatos pontuais. Para isso, conta com a participação do repórter da Folha de S. Paulo, Eduardo Geraque; do jornalista Leão Serva e do editor-chefe do jornal gaúcho Zero Hora, Nilson Vargas.

 

Editorial:

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Exato um mês depois da catástrofe de Santa Maria, que tirou a vida de 239 jovens brasileiros, o Observatório da Imprensa foi à cidade gaúcha para trazer uma história que a grande imprensa não quer ou não tem condições de relatar.

Há dois anos vivemos a mesma situação em proporções muito maiores na Região Serrana Fluminense, quando cerca de mil pessoas morreram afogadas ou soterradas por uma tromba d'agua.

Nestas duas tragédias encontramos uma personagem ignorada ou esquecida, porém essencial para a própria sobrevivência da entidade chamada imprensa.

Fomos à devastada Serra Fluminense e agora à enlutada Santa Maria para buscar ecos da dor e encontramos a imprensa local, a chamada pequena imprensa, na realidade a grande pequena imprensa, infatigável colmeia que produz informações, emoções, produz sobretudo solidariedade.

A grande imprensa não existe solta no espaço, seus atributos dependem dos atributos do espírito cidadão que circula em sistemas de alto-falantes, rádios e tevês comunitárias, jornais de bairro, semanários e diários regionais.

Quem sofre o primeiro impacto é o jornalista local. Sua sensibilidade e discernimento são essenciais. Seu espanto ou sua dor são decisivos.

A catástrofe de Santa Maria, como antes a da Serra Fluminense, mostram que o sistema midiático é imperiosamente pluralista, integrado. O interesse do leitor distante vai numa direção, a palpitação do vizinho vai em outra. Juntos compõem os caminhos da verdade. Separados fazem apenas meia verdade.

O projeto para uma grande pequena imprensa faz parte da história deste Observatório. Oxalá possamos desenvolvê-lo em circunstâncias diferentes - com suor, sim, porém sem sangue ou lágrimas.

A reportagem que apresentaremos a seguir só foi possível com a participação de profissionais da imprensa de Santa Maria. Do jornal A Razão, fundado há 78 anos; da Rádio Imembuí, que completa este mês 71 anos; da Tv Comunitária Santa Maria, criada em 2009 e da afiliada local da RBS. Profissionais que convivem com essa tragédia desde a madrugada de 27 de janeiro. E com ela ficarão para sempre.

 

Dos Telespectadores:

Mauricio Rebellato, Ibirubá / RS (cidade próxima a Santa Maria) – Jornalista
Na região, o maior comentário da população foi sobre a falta de sensibilidade dos jornalistas em relação à tragédia. O problema de muitos veículos foi não se limitar a informar o ocorrido, mas buscar argumentos e fatos que se destacassem em relação às demais emissoras, invadindo muitas vezes "o lado emocional das famílias". Como jornalista recém-formado questiono a ética em questão: Até que ponto seguir a linha editorial/interesses dos grandes veículos de comunicação?

Laerte de A. Machado, Nova Friburgo / RJ
Boa noite, gostaria de ver uma análise sobre o ocorrido em Santa Maria, do ponto de vista do posicionamento do prefeito desta cidade que, ao ser entrevistado, ao vivo pela tv, horas depois do ocorrido, alegou de imediato que a Boate Kiss estava com os documentos ok, inclusive o alvará dos Bombeiros. Grato pela oportunidade de participar de tão importante programa.

Geraldo Antonio, Vitória da Conquista / BA – Estudante de Jornalismo
Boa noite. Como lidar com a velocidade e qualidade na transmissão de informações em casos como o de Santa Maria? Visto que muitas informações equivocadas e até mesmo exageradas acabam por sensacionalizar o acontecimento?

Rosi Garcias, São Paulo – Professora de Comunicação Empresarial da Universidade Paulista
Estou contente em ver que a imprensa local sabe conceituar a diferença entre "liberdade de expressão" e "respeito às pessoas". O filtro usado para definir o que iria ao ar ou não, considerou, durante toda a divulgação das informações, os sentimentos dos familiares e vítimas! A imprensa local tinha total possibilidade de gerar um grande impacto midiático, contudo, levou em consideração a dor de seus conterrâneos, optando por informações basilares com conteúdo informativo e de prestação de serviço aos seus ouvintes! Parabéns aos jornalistas locais! Abraços.

 

Assista na Íntegra:




Apresentação: Alberto Dines

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Criado em 20/02/2013 - 19:11 e atualizado em 07/08/2013 - 21:11

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