Depois da Receita Federal, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), a Controladoria-Geral da União (CGU) também vai investigar o caso das joias milionárias que foram trazidas ilegalmente da Arábia Saudita por uma comitiva oficial do governo Bolsonaro. Segundo a CGU, a investigação será instaurada por causa das autoridades supostamente envolvidas, da possível participação de servidores públicos de mais de um órgão e da complexidade da apuração.
A Polícia Federal já abriu inquérito sobre o caso a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino. O MPF também solicitou à Receita todas as informações disponíveis para decidir qual encaminhamento adotar.
Um segundo pacote de joias, que não foi interceptado pela Receita, mas também estava na bagagem de um dos integrantes da mesma comitiva oficial foi encontrado. Esse segundo pacote inclui um relógio, uma caneta, abotoaduras, anel e um colar de contas islâmico com diamantes da marca suíça Chopard.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, um formulário do gabinete de documentação histórica do Palácio do Planalto mostra que o presente foi recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em novembro de 2022. Em um dos campos do recibo, consta a pergunta se o pacote foi visualizado pelo presidente. Em seguida, um "x" marca a opção sim. Essas joias teriam ficado mais de um ano guardadas na sede do Ministério das Minas e Energia e só depois foram despachadas para o Planalto.
Em nota, a defesa do ex-presidente Bolsonaro afirmou que ele agiu dentro da lei e declarou oficialmente os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens, não existindo irregularidades em suas condutas.
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