Morreu nesta sexta-feira (26), no Rio de Janeiro, a carnavalesca Rosa Magalhães. A artista era considerada uma lenda dos desfiles de escolas de samba, uma supercampeã: conquistou sete títulos na Marquês de Sapucaí. A maioria das conquistas de Rosa Magalhães foi pela Imperatriz Leopoldinense, em cinco carnavais. O primeiro campeonato, ganhou em 1982, pelo Império Serrano. E o último, em 2013, com a Vila Isabel.
Foram mais de 50 anos de carreira. Rosa começou em 1970, no Salgueiro, como assistente do ex-professor e amigo de toda a vida Fernando Pamplona. De 1987 a 2023, assinou desfiles no grupo especial de escolas de samba. Chamada carinhosamente de Professora pelos admiradores, Rosa era formada pela Escola Nacional de Belas Artes em pintura, cenografia e indumentária. Ela também deu aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Não à toa, a criatividade, o acabamento e a riqueza de detalhes passaram a ser uma das marcas registradas dos desfiles criados e organizados por Rosa Magalhães.
Além das vitórias conquistadas na Marques da Sapucaí, a Passarela do Samba, Rosa também ganhou um prêmio Emmy de figurino pela festa de abertura dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Ela também foi a responsável pela cerimônia de encerramento da Olimpíada do Rio, em 2016.
Rosa Magalhães morreu em casa, aos 77 anos, de uma parada cardíaca. Não é exagero dizer que ela inventou um estilo, criou um jeito novo, refinado e elegante para os desfiles na Marquês de Sapucaí. Sai de cena a artista inovadora, ficam os ensinamentos - o legado.
O corpo da artista Rosa Magalhães está sendo velado no Palácio da Cidade, a prefeitura, no Rio de Janeiro. O enterro está marcado para 17h, no Cemitério São João Batista, em cerimônia reservada apenas à família.
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