Após o ataque, na segunda-feira (27), a Escola Estadual Thomazia Montoro continua fechada para os alunos, ainda sem data para retorno. Na manhã desta terça-feira (28) aconteceu uma vigília na frente do colégio, com alunos, professores, em homenagem à professora Elisabete Tenreiro, que morreu durante o ataque, e em solidariedade à comunidade escolar. Houve orações e muitas pessoas se emocionaram.
O corpo da professora foi enterrado no Cemitério do Araçá, em cerimônia fechada para a família. Ela tinha 71 anos e era técnica aposentada pelo Instituto Adolfo Lutz, ligado à Secretaria Estadual de Saúde. Ela também atuava com a ala das crianças da escola de samba Tom Maior. Há 10 anos trabalhava como professora, e neste ano começou a dar aula de ciências na escola Thomazia Montoro.
Outras 3 professoras também foram atingidas durante o ataque a facadas. Duas tiveram ferimentos leves e estão em casa. Uma outra passou por cirurgia, mas o quadro é estável.
O aluno agressor, de 13 anos, estudava no oitavo na escola, e havia se envolvido em uma briga na semana passada. O colégio anterior dele, em Taboão da Serra, já havia alertado sobre o comportamento do adolescente, inclusive com registro de boletim de ocorrência. O adolescente passou a noite no Centro de Internação da Fundação Casa. E hoje (28) passa por uma audiência na Vara da Infância e Juventude.
A polícia investiga se ele agiu sozinho.
Mediação de conflitos
O secretário estadual de Educação anunciou a ampliação do Programa Conviva, que conta com profissionais treinados para lidar com conflitos, além de psicólogos. De acordo com o secretário, professores e alunos da rede estadual terão mais de 150 mil horas de atendimento.
Um estudo feito pelo Instituto de Estudos Avançados, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), contabilizou 23 ataques violentos em escolas brasileiras nos últimos 20 anos. Desses, 30% foram no último ano.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
