Em São Paulo, o Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana (Condep) entrou com uma representação no Ministério Público pedindo que o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, seja investigado por não dar transparência às operações policiais no estado.
Na segunda-feira (25), em uma audiência pública na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, a Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo divulgou um relatório em que denuncia 11 casos de execuções na Baixada Santista, no litoral paulista. A região tem sido alvo de operações policiais desde julho do ano passado. Familiares e amigos das vítimas e moradores das comunidades onde as mortes aconteceram lotaram o salão nobre da faculdade.
A primeira edição da chamada Operação Escudo, lançada após a morte de um policial militar em Santos, resultou em 28 mortes, entre julho e setembro do ano passado. Uma nova edição da operação foi iniciada no fim de janeiro e já causou 48 mortes.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública paulista disse que teve conhecimento informal da representação do Condep e que vai responder aos questionamentos assim que for acionada pelo Ministério Público. A pasta diz ainda que as polícias atuam para combater o crime organizado na Baixada Santista e que as mortes registradas decorreram de confrontos com criminosos.
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