Quando a gente pensa que já viu de tudo, vem uma pior. É sobre aquela história escabrosa da mulher que levou o tio dela, de 68 anos, para sacar um empréstimo em um banco no Rio de Janeiro. Ele estava morto.
Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, entrou na agência do banco Itaú, em Bangu, na zona oeste do Rio, com o cadáver do tio, identificado como Paulo Roberto Braga, na cadeira de rodas. Ela chega a conversar normalmente, como se ele estivesse vivo, segura a mão do cadáver e insiste para que assine. E ainda orienta que a assinatura deve ser igual à que está na identidade.
Os funcionários chegam a concordar com ela sobre a gravidade da situação e chamam uma equipe do Samu que constatou que o homem já estava morto possivelmente a algumas horas. A advogada da família disse que nada do que foi mostrado é verdade.
Levada para a delegacia, Érika contou que pegou um Uber para ir ao banco, que teve a ajuda do motorista com a cadeira de rodas, que o tio havia solicitado um empréstimo de R$ 17 mil antes de uma internação e que, ao deixar o hospital, manifestou o desejo de sacar o dinheiro para comprar uma tv e fazer obras em casa.
Afirmou também que tem uma filha de 14 anos de idade, que necessita de cuidados especiais por causa de problemas neurológicos. Segundo o registro policial, Érika estava abalada emocionalmente e sem controle dos instintos por conta dos efeitos de medicamentos de uso controlado.
Ela foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. O corpo do idoso está sendo examinado no Instituto Médico Legal para apurar as circunstâncias da morte. Érika está presa e vai passar por audiência de custódia.
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