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Belo Horizonte vai ganhar primeiras estátuas de mulheres negras

Repórter Brasil Tarde

No AR em 03/07/2024 - 12:45

Belo Horizonte vai ganhar no próximo domingo (7) as primeiras estátuas de mulheres negras da capital. O objetivo é destacar a importância da representatividade negra e da preservação da memória de duas importantes influências mineiras: Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez. Elas se tornaram mundialmente conhecidas pela influência na literatura. 

Carolina, uma catadora de papel, nasceu em Sacramento, município entre o Alto Paranaíba e o Triângulo Mineiro. Ela se revelou para o mundo através do livro Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Na obra, a poeta, que viveu a maior parte da vida na favela do Canindé, em São Paulo, conta histórias do seu cotidiano, no trabalho, em casa, além dos cuidados como mãe. 

Por outro lado, Lélia se destacou no meio acadêmico e político. A intelectual, ativista, professora e antropóloga é uma referência mundial nos estudos e debates de gênero, raça e classe. Nascida em Belo Horizonte há quase 90 anos, a autora foi pioneira em pesquisa sobre feminismo e cultura negra no país. 

No próximo domingo, às 10h, as escritoras serão homenageadas, sendo as duas primeiras estátuas representando figuras negras. A inauguração será no Parque Municipal, em frente ao Teatro Francisco Nunes. O local foi escolhido pela facilidade de acesso da população.

Para a jornalista e idealizadora do projeto,Etiene Martins, a inauguração é também um marco histórico para a capital mineira:

“A proposta de trazer Lélia Gonzalez e Carolina Maria de Jesus é para poder promover uma igualdade racial e de gênero a partir dessas estátuas que ornamentam a nossa cidade. Então, por que não homenagear duas mulheres? Duas mulheres pretas conhecidas internacionalmente e que, infelizmente, até pouco tempo atrás, porque a partir de domingo elas vão ser muito conhecidas, mas até então há uma invisibilidade da trajetória dessas duas mulheres incríveis. 

A homenagem preserva a memória do povo negro de Minas Gerais e é comemorada pelos filhos de Lélia e Carolina, que dão continuidade ao legado de suas mães.

 

 

 

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Criado em 03/07/2024 - 19:35

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