Quase R$ 7 milhões. Esse é o valor que, segundo a Polícia Federal, foi movimentado pela suposta associação criminosa do ex-presidente Jair Bolsonaro para desviar joias e presentes dados por governos de outros países ao Brasil. De acordo com a PF, Bolsonaro usou um avião presidencial para levar os presentes ilegalmente para os Estados Unidos no fim de 2022, onde teriam sido vendidos em lojas especializadas com a ajuda de dois auxiliares: o general Mauro César Lourena Cid e o filho dele, o tenente-coronel Mauro César Cid.
Os dois teriam negociado as joias e o dinheiro teria sido entregue ao ex-presidente em espécie, sem passar pelo sistema bancário formal, supostamente para evitar o rastreamento pelas autoridades competentes.
Ainda segundo a Polícia Federal, o dinheiro da venda ilegal pode ter sido utilizado
para custear as despesas em dólar de Bolsonaro e da família dele enquanto permaneceram em solo americano.
Pelas investigações, a PF identificou a atuação de uma associação criminosa especializada em desviar presentes de alto valor recebidos pelo governo. O grupo usava a estrutura do gabinete adjunto de documentação histórica para simular a legalização dos bens e a inclusão deles ao acervo privado de Bolsonaro. Por isso, a Polícia Federal pediu o indiciamento do ex-presidente e mais 11 pessoas ligadas a ele. Bolsonaro nega as acusações.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.