O presidente Lula tornou sem efeito a decisão tomada no governo Bolsonaro que encerrou as atividades da comissão especial sobre mortos e desaparecidos políticos.
Em despacho publicado nesta quinta-feira (4), no Diário Oficial da União, Lula declarou a continuidade dos trabalhos do colegiado.
A comissão foi criada no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995, com o objetivo de quantificar e localizar os mortos e desaparecidos durante os 21 anos do regime militar, e também pedir indenizações às famílias.
No fim do governo Jair Bolsonaro, a procuradora da República Eugênia Augusta Gonzaga, que ocupou a presidência da Comissão, foi exonerada pelo então presidente. Ela será agora reconduzida ao cargo.
O colegiado terá ainda representantes da sociedade civil, do legislativo e do Ministério da Defesa. Uma das principais tarefas da comissão vai ser identificação das ossadas encontradas em uma vala no cemitério do bairro de Perus, na zona oeste de São Paulo, onde eram enterrados os corpos de presos políticos da ditadura.
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