Instalar caixa d'água, vaso sanitário e encanamentos para ter água potável dentro de casa são obras fundamentais para a qualidade de vida das pessoas. De acordo com o Instituto Trata Brasil, as famílias em todo o país teriam que gastar, somadas, 242 bilhões em estrutura ao longo dos próximos dez anos. Além disso, 45% do investimento necessário para garantir o mínimo de dignidade em relação às instalações sanitárias precisa ser voltado à população de baixa renda.
“Os gastos médios anuais por família no Brasil são de R$ 1.843 em reformas, mas essa população ganha R$ 2.862 por mês, o que acaba pesando muito no orçamento dessas pessoas. Isso demonstra que precisamos ter políticas de subsídios ou de crédito para que essa população possa ter a ligação de sua casa à rede de esgoto, por exemplo, uma caixa d'água, uma reforma no banheiro ou até mesmo a construção de um banheiro quando ele não existe”, destaca Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil.
Além disso, subsídios do governo e iniciativas de organizações sem fins lucrativos ajudam na busca de atingir a meta de 90% dos brasileiros terem acesso ao esgotamento sanitário até 2033. Um desses trabalhos é o da ONG Arquitetura na Periferia, de Belo Horizonte. O projeto promove a capacitação de mulheres para fazer obras, reformas e até construir as próprias casas.
“Elas são majoritariamente responsáveis pelos cuidados com a saúde, não só delas, mas também de parentes, idosos, doentes e crianças. Vemos muito essa preocupação das mulheres, enquanto mães, com as crianças que estão naquele ambiente e acabam ficando, muitas vezes, doentes. Quando você resolve uma questão, seja de colocar um acabamento no piso, resolver a instalação sanitária do banheiro, o esgotamento ou instalar uma torneira, isso faz muita diferença na vida de qualquer pessoa. E é um direito básico que deveria ser acessível a todos”, afirma Carina Guedes, coordenadora da Arquitetura na Periferia.
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