Candidatos homens brancos são os maiores beneficiados pelos financiamentos de campanha no país. O dado é de um estudo feito pelo Observatório da Branquitude, que chama a atenção para a falta de representatividade racial no Legislativo. O levantamento levou em consideração as eleições para a Câmara dos Deputados nos anos de 2018 e 2022.
Na última eleição, passou a valer um incentivo para candidaturas negras na distribuição do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário. Porém, isso não se refletiu em um aumento significativo de pretos e pardos na Câmara. Em 2018, 74% dos deputados eleitos eram brancos, 21% pardos e 3% pretos. Na eleição seguinte, os brancos somaram 66%, pardos 27% e pretos 5%.
A distribuição do financiamento das campanhas também é desigual. Em 2022, homens brancos somaram 34% dos candidatos, mas concentraram 44% do financiamento, enquanto homens pretos e pardos, que eram 30% dos candidatos, receberam 23% do financiamento eleitoral. Situação que se reproduziu entre candidatas não brancas.
O Observatório da Branquitude também critica a chamada PEC da Anistia, aprovada na Câmara e no Senado, que reduz a cota para candidatos negros e perdoa os partidos políticos que descumpriram as regras de cotas para candidaturas femininas e negras.
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