Depois do recesso, a terça-feira (1º) foi o dia de retorno das atividades no Congresso Nacional. Pela manhã, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro aprovou novas convocações e ouviu Saulo Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Durante o depoimento, Saulo Cunha confirmou que a agência emitiu 33 alertas de inteligência, entre 2 e 8 de janeiro. Esses alertas teriam sido enviados ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, mas não se sabe quem recebeu esses documentos e qual o encaminhamento dado. O general Gonçalves Dias, que comandava o GSI no início de janeiro, negou que tenha recebido oficialmente essas informações.
Também na sessão de hoje, o deputado federal Arthur Maia (União-BA), presidente da CPMI, deu prazo de 48 horas para que o ministro da Justiça, Flávio Dino, envie as imagens internas e externas da sede do ministério no dia dos ataques. A comissão já havia aprovado requerimento solicitando as imagens, mas Dino negou, sob o argumento de que os vídeos constavam como provas em inquéritos sigilosos.
MST
Hoje também houve sessão da CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o ouvido foi o general Gonçalves Dias. A convocação do militar foi a pedido do relator da comissão, o deputado bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP), com o intuito de esclarecer ações de inteligência do governo no monitoramento de ocupação de terras pelo MST. O general afirmou que não cuidava do tema e nem tratou do assunto com o presidente Lula. Disse também que não participou de nenhuma reunião ou recebeu informação sobre o assunto.
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