A semana do Congresso Nacional em Brasília começa com a expectativa de finalização de algumas CPIs. Pelo calendário, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro tem menos de um mês de trabalho pela frente e, no máximo, seis sessões para concluir a investigação. Na sessão desta terça-feira (26), além de ouvir o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, os parlamentares devem definir os nomes dos últimos depoentes. E podem votar pedidos de relatórios financeiros de Bolsonaro e Michelle.
Na Câmara, três CPIs entram na reta final e devem acabar amanhã, sem avançar nas apurações. As CPIs que investigam o rombo nas Americanas e a manipulação de resultados de jogos de futebol devem recomendar apenas mudanças na legislação. No caso da CPI do MST, o parecer até sugere o indiciamento de pessoas ligadas ao Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra e ao governo, como o líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha, e o ex-ministro do GSI, Gonçalves Dias. Mas o texto não tem o apoio da maioria dos membros e a CPI é acusada de criminalizar o movimento social.
O governo também está de olho no avanço na votação de projetos que são prioritários. Entre eles, projetos para tornar o crédito mais barato.
CPMI do 8 de Janeiro
O general Augusto Heleno entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), para que fosse obrigado a comparecer à CPMI do 8 de Janeiro. A defesa alega que ele está na iminência de sofrer grave constrangimento ilegal. Mas o relator do pedido, ministro Cristiano Zanin, decidiu que ele deve comparecer, mas que não será obrigado a responder às perguntas.
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