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Ponte Rio-Niterói: 50 anos de importância, controvérsias e histórias

Repórter Brasil

No AR em 04/03/2024 - 19:00

Fundamental para a circulação de pessoas e mercadorias no estado do Rio de Janeiro, a ponte Rio-Niterói completa, hoje, 50 anos. Por ela, cerca de 150 veículos passam todos os dias. A 72 metros acima da Baía de Guanabara, com uma extensão de mais de 13 km, a ponte ao principal acesso viário do Rio a Niterói, São Gonçalo e diversas cidades da região dos lagos fluminense

Além de ser um dos marcos mais importantes da engenharia brasileira, a construção é um cartão-postal. Dom Pedro II é apontado como um dos primeiros a idealizar uma ligação entre o Rio e Niterói. Antes de haver ponte um dos projetos eram um túnel, mas a ideia foi descartada. A decisão por uma ponte foi tomada em 1966 e o projeto começou a se concretizar dois anos depois, com financiamento em inglês. Inclusive foi a Rainha Elizabeth II que deixou a pedra fundamental quando visitou o Brasil, no início da empreitada. 

A construção aconteceu durante a ditadura militar, em cinco anos. Foram empregados mais de 10 mil operários e 200 engenheiros. As fundações estão cravadas em rochas abaixo das águas da baía. A obra também tem aspectos controversos, histórias de desrespeito aos direitos humanos. Há registros de que 33 trabalhadores morreram durante a obra, mas como era o auge da ditadura, possível que esse número seja maior. 

Apesar dos desafios e injustiças na construção, acidentes automobilísticos fatais são raros na ponte. Poucos chamaram a atenção do Brasil, como o da cantora Maísa, que morreu em uma batida de carro em 1977. 

A construção recebeu melhorias ao longo da história. Em 2004 foram instalados atenuadores dinâmicos sincronizados, que deram mais estabilidade à via, evitando o fechamento das pistas em dias de eventos muito fortes. 

A ponte Rio-Niterói ainda conta com outro resquício controverso do passado: o nome oficial do ditador Arthur da Costa e Silva, que comandou o Brasil com a mão de ferro, com repressão política e tortura contra os opositores. Movimentos sociais reivindicam a mudança do nome oficial da ponte e um olhar crítico para o que ela representa. 

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Criado em 04/03/2024 - 21:20

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