O ato que deu início à ditadura militar brasileira está completando 60 anos. E não dá para entender o Brasil de hoje sem estudar os desdobramentos do movimento iniciado naquela madrugada de 31 de março de 1964.
Por isso, a criação de lugares de memória é a luta de vários pesquisadores e também militantes, para que esse passado possa ser compreendido pelo maior número possível de brasileiros.
Há 60 anos, um golpe militar depôs o então presidente João Goulart e abriu caminho para uma ditadura que durou 21 anos.
Nessas mais de duas décadas, o Brasil teve cinco presidentes-generais, viveu o auge da repressão a partir do Ato Institucional nº 5, sonhou com a reabertura na campanha das Diretas Já, e voltou a ter um civil na Presidência da República em 1985. Período complexo da nossa história, embora marcado quase sempre com as tintas da intolerância política e da perseguição aos que pensavam diferente.
O Rio Grande do Sul recebeu dezenas de locais dedicados à repressão. Trinta e nove locais já foram documentados. O movimento de Justiça e Direitos Humanos, o mais antigo do país, busca dar visibilidade a esses locais.
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