As histórias de países do continente americano estão unidas por muitos traços em comum, entre eles, a escravidão imposta pelos colonizadores europeus a imigrantes, especialmente vindos da África. Pesquisadores e lideranças políticas do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram hoje no Rio para um debate sobre o tema e a memória das pessoas que foram vítimas.
Memória e história da escravidão. O evento no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, discute um tema que, apesar de fazer parte do passado, tem fortes reflexos no nosso presente.
Um dos temas abordados foi a busca arqueológica no navio Camargo, que traficou negros escravizados de Moçambique para o Brasil, em 1851.
Como o o tráfico de escravizados estava proibido nessa época, para escapar da prisão, o próprio capitão afundou o navio que levava 500 jovens. Os vestígios materiais dessa embarcação estão no fundo da Baía da Ilha Grande e o trabalho de pesquisa está sendo feito em parceria com os moradores do quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, no sul fluminense. O episódio ficou marcado na memória da comunidade.
A escravidão também é um ponto de conexão entre países como Brasil e Estados Unidos. O evento também serviu como preparação para uma exposição que inaugura sobre o tema em dezembro deste ano no Museu Smithsonian, uma das maiores instituições culturais americanas. A mostra também vem para o Brasil no ano que vem e vai passar por países da África e da Europa.
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