Desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul, houve um esforço para se compreender o tamanho da crise e das necessidades em cada área afetada. As primeiras áreas atingidas, na Serra Gaúcha, não tinham enchentes como maior problema, mas os deslizamentos. Já na Grande Porto Alegre, região de Santa Maria e outras áreas do estado, os rios subiram e invadiram as cidades. A partir disso, cada prefeitura precisava enviar às autoridades federais as maiores necessidades, áreas atingidas, e quando possível, o número aproximado de pessoas afetadas. Com isso, seria possível encaminhar ajuda.
As chuvas começaram há quase um mês, e até ontem, terça-feira (28), apenas 10% dos municípios do Rio Grande do Sul haviam informado a lista dos afetados para que os moradores recebam o Auxílio Reconstrução de R$ 5.100. O prazo para encaminhar essa documentação começou há oito dias. A prefeitura de Porto Alegre, por exemplo, só enviou as informações hoje.
O fato contrasta com a contabilização oficial de 469 municípios, dos 497 do estado, afetados pelas chuvas.
O que dizem os municípios
A Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) - órgão que reúne as prefeituras do estado - justificou o atraso no envio dos dados para o governo federal. De acordo com Professor Nando, coordenador-geral da Famurs, muitos municípios não têm estrutura para cadastrar os moradores e muitas prefeituras tiveram seus prédios e estruturas afetadas pelas enchentes.
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