Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Insegurança alimentar: desafios de combater o desperdício de comida

Repórter Brasil

No AR em 11/06/2024 - 19:00

No cenário pós-pandemia, o Brasil voltou ao mapa da fome. Em 2023, mais de 8,5 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar e nutricional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Diante desse quadro, governo, produtores, membros da indústria e representantes do comércio discutem como melhorar a distribuição de alimentos. 

Apesar do número de pessoas passando fome, o Brasil é um dos países que mais desperdiçam alimentos em condição de serem consumidos. De tudo que é produzido aqui , 30% vai para o lixo todos os anos. Por isso começa a ser discutido no país o que é chamado no exterior de best before. Já usado em nações da união europeia, Estados Unidos e Canadá, este conceito de validade indica o prazo mínimo em que um produto mantém todas as suas características nutricionais e continua próprio para o consumo. Ou seja, não precisa ser descartado. É algo diferente da data de validade que usamos atualmente.

“Não quer dizer que naquela data específica aquele produto passa a ser impróprio para consumo. Ele continua sendo habilitado para consumo, ele continua tendo as qualidades para consumo, porém, talvez ele não terá a mesma crocância, talvez não tenha mais a mesma qualidade que teve no início, na sua embalagem, mas ele está apto a ser consumido”, explica João Galassi, presidente Associação Brasileira de Supermercados (Abras). 

No Brasil já existem pequenos negócios que adotam medidas desse tipo, vendendo produtos que ainda estão bons para consumo a preços mais convidativos, para evitar o desperdício. No entanto, ainda é um desafio fazer chegar esse alimento a quem mais precisa de comida.

“Temos um grupo de trabalho que discute a possibilidade da criação de uma plataforma usando a tecnologia que una os fornecedores, até chegar aí ao consumidor, aos bancos de alimentos, a toda essa outra cadeia que trabalha a questão da distribuição do alimento até chegar nessas pessoas mais vulneráveis que hoje passam por algum tipo de insegurança alimentar”, conta Gislaine Balbinot, diretora-executiva da Associação Brasileira Agronegócio. 
 

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 11/06/2024 - 20:35

Últimas

O que vem por aí