A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou duas mortes pela febre oropouche. Elas podem ser as primeiras mortes pela doença registradas no mundo. O número de casos de febre oropouche também preocupa aqui no país.
Já é quase nove vezes maior do que o de todo o ano passado. Quem traz os detalhes sobre esse assunto é a Selma Dias. Foram cerca de quatro meses de investigações, após a notificação dessas mortes que ocorreram na Bahia, em março e maio deste ano e, agora, veio então a confirmação: os óbitos foram causados pela febre oropouche, em duas mulheres jovens e saudáveis.
Isso pode ser inédito, já que até então nenhuma morte havia sido confirmada no mundo. O Brasil investiga, inclusive, uma outra morte suspeita em Santa Catarina. Desde 2023 o país acompanha mais de perto a evolução dessa doença, os registros vêm crescendo, saltaram de 832 casos no ano passado pra 7.236 neste ano.
Antes as ocorrências estavam concentradas na região amazônica, mas agora 16 estados já têm casos da doença. É difícil identificar a febre oropouche porque, assim como a dengue, a zika e a chikungunya, ela também é transmitida por um mosquito e os sintomas são parecidos, incluem febre, dores pelo corpo, náusea e diarreia, podendo evoluir pra sintomas mais graves.
A OPAS, a Organização Pan-Americana da Saúde vem acompanhado a evolução dessa febre no mundo, inclusive o crescimento de notificações em países da América do Sul, e já tinha feito um alerta sobre casos de transmissão vertical de mãe pra filho durante a gestação, com potencial de causar o aborto do feto.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.
