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CNJ afasta desembargador por fala machista

Repórter Brasil

No AR em 17/07/2024 - 19:00

O Corregedor Nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, decidiu afastar do cargo o desembargador Luís César de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná. Em uma sessão, no início deste mês, o desembargador disse que "as mulheres estão loucas atrás de homens." Quem traz os detalhes desse caso é o repórter Antonio Trindade.

O desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná, estava analisando denúncia de assédio de uma menina de apenas 12 anos. Segundo a família, o assediador era o próprio professor, que teria mandado mensagens elogiando a aluna e pedido que ela não contasse sobre a conversa.

Espíndola não apenas votou contra a medida que impediria o professor de se aproximar da criança, como insinuou que seria um caso de menor importância por ter acontecido em uma cidade do interior. Em seguida, depois de ser confrontado por uma das colegas desembargadoras, ele soltou essa frase que as mulheres estão loucas atrás de homens. A gente separou esse trecho da fala dele.

Foi a Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná que apresentou reclamação contra o desembargador Espíndola. Na decisão, o Corregedor Nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, determinou o afastamento imediato das funções e instaurou reclamação disciplinar contra o magistrado. 

Salomão afirmou que “não é admissível que o estado-juiz estimule, compactue ou se apresente omisso diante de violações institucionais que revitimizam e demonstram ao jurisdicionado cenário oposto ao esperado”.

Mesmo afastado, ele vai continuar recebendo o salário de magistrado. Esse caso deve ser analisado pelo plenário do CNJ na primeira sessão de agosto.

E por incrível que pareça tem mais. Não é a primeira vez que o desembargador Luís Espíndola é afastado das funções para responder a um processo na Justiça.

Em 2018, ele foi condenado no Superior Tribunal de Justiça a 7 meses de detenção, em regime aberto, pelo crime de lesão corporal contra a própria mãe e a irmã. A denúncia do Ministério Público foi feita com base na lei Maria da Penha. Espíndola, no entanto, não precisou cumprir pena porque o crime estava prescrito.

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Criado em 17/07/2024 - 20:15

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