Nesta sexta-feira (19) uma falha afetou computadores em todo o mundo. Foi uma espécie de apagão, que travou sistemas e interrompeu vários serviços, incluindo aeroportos, bolsas de valores, bancos e até o setor de saúde. O problema foi causado por uma atualização da empresa de segurança cibernética CrowdStrike. Segundo a companhia, o erro já foi corrigido.
Aqui no Brasil, esse apagão cibernético não foi o caos registrado em vários países, mas houve, sim, impactos. No setor aéreo, a mais afetada foi a companhia Azul, principalmente pela manhã. A empresa chegou a emitir um comunicado orientando os passageiros a chegarem mais cedo aos aeroportos para fazer o check-in. Alguns voos da Azul saíram com atrasos em terminais como Viracopos, em Campinas, Santos Dumont, no Rio e também do Aeroporto de Brasília.
O sistema bancário também foi impactado pela falha global. Clientes do Bradesco tiveram problemas para abrir o aplicativo do banco. O app voltou a funcionar durante a tarde. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a maioria das instituições financeiras normalizou os serviços ainda pela manhã. Os sistemas do Banco Central não foram afetados. A Secretaria Nacional do Consumidor monitora os prejuízos que passageiros e correntistas tiveram por causa do apagão.
Alguns hospitais em São Paulo também sofreram impactos. No Sírio Libanês, o sistema de exames laboratoriais ficou temporariamente suspenso. No setor público, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), emitiu um alerta com orientações sobre o que fazer em caso de pane. Os sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF) apresentaram problemas durante a madrugada, mas por volta de 7h tudo já tinha sido resolvido.
Entrevista
Para fazer uma análise e entender um pouco mais sobre o que causou esse apagão cibernético e os impactos, o Repórter Brasil entrevista Sérgio Amadeu, que foi membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil e é professor e pesquisador da Universidade Federal do ABC.
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