Uma nova variante do vírus do Oropouche pode estar relacionada ao agravamento de casos da doença no Brasil. O alerta principal, no momento, é para as grávidas, já que seis casos de transmissão vertical, da gestante para o bebê, estão em investigação.
O Ministério da Saúde acompanha casos de transmissão vertical do vírus Oropouche durante a gestação em Pernambuco, na Bahia e no Acre. Em dois casos, houve morte fetal. Foi registrado um aborto espontâneo e três casos de anomalias congênitas, como a microcefalia. Testes identificaram a presença do vírus e de anticorpos em amostras dos fetos e bebês, o que indica uma possível relação entre a doença, perdas gestacionais e má formação.
O Oropouche é conhecido desde a década de 1960 no Brasil. Desde então, casos isolados e surtos foram identificados no país, principalmente na região amazônica. A transmissão da doença é feita principalmente por um mosquito conhecido como maruim. Este ano, uma variante do vírus mudou o cenário epidemiológico.
Não há tratamento específico ou vacina para o vírus Oropouche. A orientação é que as grávidas evitem áreas com muitos mosquitos e usem roupas que cubram a maior parte do corpo, além de repelentes. Se apresentarem sintomas da doença, como febre, dor no corpo, náusea e diarreia, devem procurar atendimento médico.
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