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Caso Marielle: PF diz que imagens fundamentais foram ignoradas 

Repórter Brasil

No AR em 12/08/2024 - 19:00

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a colher, nesta segunda-feira (12), novos depoimentos na ação penal sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assassinados em 2018. Na última sexta-feira (9), a Polícia Federal enviou um relatório complementar ao STF sobre o caso. Segundo o documento, imagens de câmeras de segurança consideradas fundamentais para a investigação teriam sido ignoradas.

No relatório, a PF confirma que Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil na época do crime, atuou para atrapalhar as investigações. Ele teria sido auxiliado pelo delegado Giniton Lages, que também esteve à frente do caso e é investigado em um segundo inquérito sobre a morte de Marielle. 

Foi nesse segundo inquérito, com foco nos crimes de obstrução, que a PF anexou as novas informações. De acordo com o depoimento de Giniton Lages, imagens de câmeras de segurança foram ignoradas. Logo no início das investigações o nome de Ronnie Lessa teria surgido como suspeito por ele ser um dos poucos a conseguir efetuar disparos a partir de um carro em movimento, diz a PF. Apesar disso, as imagens do trajeto da casa do ex-policial e o local do crime teriam sido ignoradas de propósito. 

Outro fato chamou a atenção da PF: a passagem do carro usado no crime pela Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, não foi usada na investigação. A Polícia Federal suspeita que o ex-delegado Giniton Lages já sabia de onde teria partido o veículo, por isso não foi atrás das imagens. E somente sete meses depois essas imagens teriam sido anexadas aos autos. A PF também apontou a ausência de imagens da rota de fuga, que não foram coletadas. O relatório conclui com o indiciamento de Rivaldo Barbosa, Giniton Lages e do comissário Marco Antônio de Barros Pinto, pelo crime de obstrução de justiça. 

A defesa de Rivaldo Barbosa diz que a conclusão da PF é absurda e que “quem conhece a estrutura da Polícia Civil sabe que é impossível interferir no trabalho de todos os investigadores ao mesmo tempo. A defesa de Giniton Lages diz que causa surpresa o relatório ser apresentado agora, já que na última sexta-feira ele foi à PF e prestou todos os esclarecimentos. Diz ainda que o tempo e o contraditório vão comprovar o trabalho e a inocência dele. 

A TV Brasil não conseguiu contato com a defesa de  Marco Antônio de Barros Pinto. 

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Criado em 12/08/2024 - 20:55

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