A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos pediu desculpas formais aos camponeses da comunidade tradicional de Pedra Lisa e aos moradores de favelas do Rio de Janeiro por ações da ditadura militar.
Carlos Antônio da Silva, que hoje é presidente da Associação da Comunidade Tradicional dos Camponeses da Pedra Lisa, ainda era menino quando teve que fugir com os pais da comunidade. Ele perdeu a terra em que a família produzia, o acesso à escola e à saúde. Ele foi um dos representantes da comunidade rural durante a sessão da Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Eles receberam um pedido formal de desculpas do Estado pelos anos da ditadura militar, período em que o governo invadiu favelas e áreas rurais, perseguiu, prendeu e torturou líderes comunitários.
Foi aprovada anistia coletiva para a comunidade de camponeses e para a Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro.
“Não se trata apenas de reconhecer perante as vítimas as violências perpetradas pelo Estado brasileiro. Trata-se de informar a toda sociedade brasileira que a ditadura militar e as estruturas de perseguição política, moral e econômica atingiram, e eu diria, ainda atingem toda a sociedade brasileira”, afirmou Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.
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