O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual. A taxa estava em 10,5% ao ano e agora foi para 10,75%. A Selic é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e serve de referência para as demais taxas da economia.
Esse aumento era esperado pelo mercado, já que na ata da reunião mais recente, o comitê informou que avaliava uma elevação nos juros por causa da valorização do dólar e do aumento dos gastos públicos. A decisão de hoje também é uma reação ao corte de juros promovido pelo FED, o banco central norte-americano, que reduziu os juros em 0,5% por causa de uma inflação mais controlada nos Estados Unidos.
No Brasil, de acordo com a previsão de bancos e agentes financeiros, via último boletim Focus, a estimativa de inflação para este ano subiu de 4,22% há quatro semanas para 4,35%, ainda dentro do teto da meta, que é de 4,5%.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. A próxima reunião, a penúltima do ano, é no início de novembro.
Impacto no dólar
Esse resultado influencia diretamente na cotação do dólar. Hoje, após uma decisão do Banco Central norte-americano de cortar em cinquenta pontos-base a taxa básica por lá, a moeda norte-americana caiu fortemente contra o real. No entanto, o presidente do Banco Central norte-americano, em entrevista após a decisão, sinalizou que não deve haver cortes na mesma magnitude, o que fez o dólar ganhar alguma força.
Sobre isso, o Repórter Brasil conversa com o economista André Perfeito.
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