Em 2023, dois em cada 10 jovens no Brasil não estudavam nem trabalhavam, os chamados nem-nem. O número representa uma melhora em relação a 2016, quando o percentual chegava a quase três em cada 10. Os dados foram publicados hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.
O relatório aponta o fortalecimento do mercado de trabalho e a maior inclusão no ensino público como fatores que contribuíram para a redução dos nem-nem. O levantamento mostra que também houve redução de jovens adultos sem o ensino médio completo. No Brasil, o percentual de jovens de 25 a 34 anos que não concluíram o ensino médio diminuiu 8 pontos percentuais de 2016 a 2023.
A falta de estudo é apontada como um dos fatores que dificulta na hora de conseguir um emprego. No Brasil, 64% dos jovens sem ensino médio ou qualificação técnica estão empregados, em comparação com 75% daqueles com essa etapa concluída.
No recorte entre sexos, os dados da OCDE mostram que as mulheres têm melhores desempenhos educacionais que os homens e a mesma ou maior probabilidade do que eles de terem uma qualificação superior.
No Brasil, isso também ocorre. Enquanto, em média, 28% das mulheres concluem o ensino superior, entre os homens, esse percentual é 20%. No entanto, embora as mulheres superem os homens na educação, isso não ocorre no mercado de trabalho, já que elas têm menos probabilidades de estar empregadas do que os homens. Enquanto 85% das mulheres jovens com ensino superior estão empregadas, entre os homens essa taxa é 92%.
A desigualdade está também presente na remuneração. As mulheres jovens com qualificação superior ganham em média 83% do salário dos seus pares do sexo masculino. No Brasil, a disparidade é maior, elas ganham em média 75% do salário dos homens.
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