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Queimadas no Brasil têm início por ação humana, apontam especialistas

Repórter Brasil

No AR em 24/09/2024 - 19:00

O mês de agosto respondeu por praticamente metade da área queimada no Brasil desde janeiro deste ano. Uma extensão equivalente ao estado da Paraíba: mais de 5,5 milhões de hectares. Esta é a dimensão da área verde que queimou no mês passado. Foi o pior agosto desde que o Monitor de Fogo, da rede MapBiomas, começou a fazer esse mapeamento, em 2019. 

Em comparação a agosto do ano passado, houve um amento de 149%. São três milhões de hectares queimados a mais. É fato que meses mais secos ajudam o fogo a alcançar maior proporção. Mas, ele está sendo iniciado por atividades humanas. 

Segundo Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam, só existem três formas naturais de começar uma chama: por meio de descargas elétricas de raios, de vulcões e atritos de rochas. A especialista reforça que apenas os raios geram fogo natural no Brasil.  

As pastagens respondem por um em cada quatro hectares queimados, isto é, 24% do total. O garimpo ilegal, a grilagem de terras e a retirada ilegal de madeira também são atividades econômicas criminosas que usam o fogo e provocam incêndios. 

“O que nós estamos vendo hoje, os dados sobre incêndios na Amazônia… atualmente, tem-se apontado que, até aproximadamente, um terço dos atuais focos de incêndio na Amazônia está sob floresta em pé, e isso é muito preocupante, né? Porque significa dizer que você não está queimando só o que foi derrubado no primeiro semestre; você está queimando a própria floresta em pé, hoje, tocando. Então, ao invés de usar esse mecanismo que estavam falando anteriormente — primeiro derruba para depois tocar fogo —, se toca fogo mais diretamente. É uma forma de apropriação da propriedade, seja a terra pública, seja a terra em territórios indígenas ou mesmo diminuindo a reserva local”, defende Gilberto Marques, professor de economia da UFPA. 

 

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Criado em 24/09/2024 - 20:25

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