Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de um milhão de brasileiros têm mais de uma religião.
No Rio de Janeiro, pastor da Igreja Reformada Ecumênica João Valença e também yawo no candomblé – que pratica na casa Ilê Axé Omim – comenta sua escolha religiosa. “Em nenhum momento, existiu nenhuma estratégia de sentar e ficar diante de uma necessidade de escolha. Porque a minha escolha é ser inteiro e sou inteiro sendo cristão, eu sou inteiro sendo do candomblé, eu sou inteiro sendo as duas coisas e eu sou inteiro estando aberto a todas as possibilidades de qualquer manifestação de Deus na minha vida”.
Vanda Mendonça pratica o espiritismo e o hare krishna. Filha de pai católico e mãe luterana, sempre se viu cercada de diversidade religiosa. “O principal nas religiões é a essência. Essência da mensagem, do contato com Deus (...) E essa essência, nos dois processos, é a mesma”, conclui.
“Quando estou no candomblé e quando estou na igreja católica, no meu entendimento as coisas se completam”, diz Angélica da Silva, católica e filha de santo do candomblé. “Não tem como você já ficar armada nem preparada para o preconceito do outro. Eu tenho que ver a minha vida, a minha religião. Se isso me faz bem, eu não importo muito com a opinião do outro”, afirma sobre o estranhamento de outras pessoas com relação a suas religiões.
Direção: Alfredo Alves
Produção: Breno Nogueira, Luciana Gomide, Frederico Nogueira.
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