O longa-metragem Big Jato, do diretor pernambucano Cláudio Assis, levou no dia 22 de setembro o prêmio de melhor filme no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
O filme é inspirado no livro homônimo de Xico Sá e fala sobre o conflito entre a anarquia adolescente e a dureza da vida adulta. A produção também ganhou nas categorias melhor atriz, melhor ator e melhor roteiro. Os quatro prêmios atingem R$ 130 mil.
"Eu filmo para mostrar as entranhas da sociedade, porque o meu cinema é da ordem da inquietude, plugado nas contradições", diz o diretor.
O filme segue as viagens do caminhão que dá título a Big Jato pela paisagem da cidade alegórica de Peixe da Pedra, cenário desenhado no filme na fotografia hipercolorida de Marcelo Durst.
Parceiro de Assis num curta-metragem feito há quase duas décadas, Durst acompanha o cineasta nesta empreitada em locações em Vila de Cimbres, Pernambuco. Matheus Nachtergaele tenta se reinventar interpretando os irmãos Francisco e Nelson; o primeiro, um caminhoneiro bruto, com paixão pela cachaça, e o segundo, um radialista anarquista. Os dois, cada um à sua maneira, vão contribuir para o processo de amadurecimento do jovem Xico (Rafael Nicácio), filho de Francisco e sobrinho de Nelson, criado, como eles, sob o impacto dos acordes dos Betos, uma banda na moda Beatles, cujo hit é Let It Lie.
"Esta é a primeira adaptação literária que eu faço e, no livo do Xico Sá, há uma referência forte aos Beatles. Mas o meu orçamento inteiro em Big Jato não seria o bastante para pagar o direito autoral de uma música deles. Aí a gente improvisou, com poesia. Este filme é uma fábula nordestina, que trata da transformação de um jovem poeta", explica Assis.
Confira alguns trechos do filme Big Jato abaixo.
Assista também ao episódio:
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