O som do radinho

Odair José começa o programa, falando do novo disco “Praça Tiradentes”, local que conheceu como morador de rua, em 1968.

Esta é uma das muitas histórias difíceis que marcaram a vida do cantor. Rechaçado pela critica, perseguido pela censura, excomungado pela igreja, amado pelo povo, Odair José passou diversas dificuldades e engoliu muito sapo antes de se tornar um dos mais ilustres representantes da música... Romântica?...Brega? ...Cafona? Tanto faz. Há mais de três décadas ele reina absoluto num tipo de música consumida em larga escala por milhões de brasileiros.

Em conversa com Mariano Marovatto, um dos apresentadores do Segue o Som, Odair fala da sua trajetória, da música brega, do preconceito, das cancões polêmicas, das influências e do novo disco. Ele também canta ao vivo algumas músicas e, ainda, improvisa um dueto com Mariano.

Estão reunidos nesta edição, outros românticos: Elymar Santos, Agnaldo Timóteo, Benito de Paula e Cidadão Instigado. E como breguice não carrega bandeira, há Cat Stevens, Peter Frampton, Tom Jones e Orlando Netti.

Os diversos sentimentos que a música brega desperta têm sido motivo de estudo. No Segue o Som, Paulo César de Araújo, jornalista e escritor, autor de “Eu não sou cachorro não - Música Popular Cafona e Ditadura Militar”, fala sobre Odair José, das controvérsias que suas músicas provocam, da perseguição que o regime militar exerceu sobre os músicos deste estilo e do repúdio das elites nacionais. Enriquecem ao programa, documentários como “As Canções” de Eduardo Coutinho, “Waldick – Sempre no Meu Coração” de Patricia Pillar e “Vou rifar meu coração” de Ana Rieper.

E tem a história do cantor romântico que para se apresentar, por uma noite, numa das maiores casas de show do Rio de Janeiro, penhorou a própria casa. O cara bombou!

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