Ivan Paganotti, jornalista e pesquisador em Comunicação, lamenta a falta de pesquisas brasileiras na área de recepção de conteúdo televisivo pelas crianças. Ele acredita que estudos sobre o tema poderiam enriquecer o debate sobre a classificação indicativa da programação.
De acordo com o pesquisador, a falta de pesquisas sobre o tema acabam agravando teorias equivocadas que são construidas acerca do efeito que conteúdos adultos tem sobre as crianças que as consomem . O pesquisador comenta que o pensamento mais difundido sobre a recepção é acreditar numa relação direta entre assistir a um conteúdo na TV e modificar o comportamento de uma criança.
Paganotti da o exemplo de uma campanha do o Ministério da Justiça para conscientizar a população sobre a classificação indicativa que propaga a associação entre recepção e comportamento.
“Os spots mostram, por exemplo, uma cena de violência e depois exibe uma criança reproduzindo o que viu ao brincar com seus bonecos. Um problema grave dessa campanha é dar a entender que há uma relação direta entre o que a criança vê na televisão e a reprodução no seu comportamento.”
Segundo Paganotti, não existe pesquisa que comprove esta teoria nem qualquer outra correlação. O pesquisador acredita que é necessário aumentar o número de estudos sobre o assunto para ajudar a desmistificar o que se diz sobre a recepção de conteúdo televisivo.
Assista também ao episódio: Classificação Indicativa da programação de TV
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