Raimundo Konmananjy, presidente da Associação Nacional Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu diz que as religiões africanas não tem espaço na televisão brasileira
Segundo Konmananjy, a televisão não ajuda a conscientizar as pessoas sobre as tradições praticadas pelos terreiros o que colabora para o aumento do preconceito que as pessoas têm contra as religiões africanas.
“Foi através da Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais em um encontro em 2005 que nós, como terreiros, conseguimos que o governo nos reconhecesse como um povo. Até então ninguém sabia direito quem a gente era direito e falavam que a gente só fazia batuque e feitiço mas nós somos um povo, temos língua e cultura própria ”, diz.
O presidente da associação ainda esclarece que a cultura afro-brasileira vai além das religiões de terreiro. Para ele, os povos africanos trazidos para o Brasil vieram com a sua língua, os seus costumes e influenciaram na construção da identidade brasileira.
O presidente da associação acredita que é importante falar da cultura de um povo, contextualizar suas práticas e contribuir para a sua preservação.
Assista também ao episódio: Religiões de matriz africana e sua representação na TV
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