Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Arthur Dapieve debate o espaço do jornalista-escritor no Trilha de Letras

Programa investiga a linguagem jornalística na produção de ficção

O jornalista e escritor Arthur Dapieve é o convidado de Raphael Montes no programa Trilha de Letras desta quinta (22), às 21h30, na TV Brasil, que conta com a presença da também jornalista Katy Navarro.

O bate-papo aborda a relação do jornalismo com a literatura na trajetória do profissional de imprensa. O trio comenta o que leva muitos jornalistas a se aventurarem no universo dos livros com obras de ficção e outro gêneros literários. Dapieve explica como esses profissionais conciliam o trabalho nas redações com a carreira de escritor.

Raphael Montes pergunta a Dapieve se a linguagem jornalística prejudica ou ajuda na produção textual de ficção. "Depende da ficção que o jornalista-escritor pretende criar", comenta ao destacar a perspectiva de muitos profissionais que ingressam na faculdade de Jornalismo ou Letras e seguem carreira jornalística em busca de "burilar o texto".

Além da entrevista com Arthur Dapieve no estúdio, o programa Trilha de Letras traz depoimentos da pesquisadora Cristiane Costa e do escritor e jornalista Marcus Veras que ajudam a traçar um panorama sobre o assunto.

Durante a conversa, Dapieve discute o limite entre o jornalista e o escritor bem como a relação entre a prática do jornalismo e redação literária. "A história do jornalismo no Brasil é bem ligada à história da literatura no país. Muito passaram pelas redações. É difícil desvincular", explica o experiente autor e jornalista.

Cristiane Costa e Marcus Veras comentam essa relação

O programa Trilha de Letras apresenta ainda a visão de outros profissionais sobre a relação do jornalismo com a literatura. A pesquisadora Cristiane Costa afirma que existe uma combinação nessa produção textual. "Não há um limite claro entre o texto jornalístico e a narrativa literária", comenta a jornalista e escritora.

Para Marcus Veras, é preciso revisitar a história para entender essa relação. "O jornalismo é um irmão muito mais novo que a ficção. A escrita acompanha a humanidade há milhares de anos e o jornalismo começa nascer a partir do tipo móvel de Gutemberg na passagem do século XV para o XVI", explica.

Ele destaca como esse vínculo fica mais forte no século passado. "Na medida em que o jornalismo foi crescendo e a imprensa tomando corpo começou uma aproximação entre os literatos e os jornais. Isso se complementa no século XX quando surgem os grandes jornalistas-escritores como Ernest Hemingway, João do Rio, Nelson Rodrigues, Carlos Heitor Cony. Esses jornalistas viviam um outro mundo da profissão em que o tempo real não era tão decisivo na hora do seu trabalho", esclarece Marcus Veras.

"Maracanazo e outras histórias"

Jornalista, crítico musical e professor de jornalismo, Dapieve já foi repórter, redator, subeditor e editor. Trabalhou nas redações da Veja Rio, do Jornal do Brasil e de O Globo onde atualmente é articulista.

Vencedor do Prêmio Oceanos 2016, em quarto lugar com o livro de contos "Maracanazo e outras histórias", o carioca Arthur Dapieve é autor de mais de uma dezenas de obras entre ensaios, biografias e livros de ficção.

O título mais recente mescla realidade e ficção ao mostrar cinco histórias com forte unidade narrativa. "Maracanazo e outras histórias" foi finalista do Prêmio Jules Rimet, concedido a obras literárias com temas espotivos.

Serviço:
Trilha de Letras – Arthur Dapieve – quinta-feira (22), às 21h30, na TV Brasil.

Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.

Criado em 20/06/2017 - 14:30 e atualizado em 20/06/2017 - 14:30

Últimas

O que vem por aí