Preservar sem engessar é o mote das entrevistas no programa Diálogo Brasil desta segunda (29), às 22h, na TV Brasil. "Uma cidade histórica não é um presépio, uma Disneylândia, um cenário de Hollywood". A afirmação é da historiadora e presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, que participa da discussão.
No programa, ela e a arquiteta e diretora do Departamento de Planejamento e Gestão Urbana do Ministério das Cidades, Diana Meirelles da Motta, debatem os desafios de conciliar a preservação do patrimônio cultural com o desenvolvimento urbano.
Segundo Diana, “não há cidade viva, dinâmica, sem pessoas”. Ela defende a necessidade de atualizar as leis e promover parcerias entre agentes públicos e privados para garantir a preservação sem engessar as cidades.
Para Kátia Bogéa, as regras são claras, mas a maioria das prefeituras brasileiras nem sequer têm departamentos de patrimônio e é preciso investir em capacitação técnica.
A presidente do Iphan também destaca a má-fé de empreendedores que ignoram tombamentos, não consultam a autarquia federal e fazem projetos fora do padrão.
Também participam do programa, com depoimentos, duas ex-presidentes do Iphan: as arquitetas Maria Elisa Costa, filha do autor do projeto urbanístico de Brasília, Lucio Costa; e Jurema Machado, que foi coordenadora de Cultura da Unesco - a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - no Brasil.
O Diálogo Brasil ainda ouve o arquiteto e professor de projetos da Universidade de Brasília (UnB) Cláudio Villar de Queiroz e exibe pequenas reportagens sobre o tema e sobre a situação de casarões antigos que estão desabando em Salvador, a capital da Bahia.
Serviço:
Diálogo Brasil – segunda-feira (29), às 22h, na TV Brasil.
Diálogo Brasil – segunda-feira (29) para terça (30), às 3h15, na TV Brasil.
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