Desde o Movimento Tenentista de 1922 até sua morte, em 1990, Prestes participou dos momentos mais importantes da história do País. Em meados da década de 1920, comandou a lendária Coluna Prestes, que percorreu mais de 25 mil quilômetros, de norte a sul do país, na tentativa de derrubar a famigerada política do café com leite, que alternava paulistas e mineiros na presidência da República.
Em 1935, tentou comandar um golpe de Estado comunista e acabou preso com sua esposa, a alemã Olga Benário. Era o início de um drama que causou comoção internacional. Mesmo grávida, ela foi extraditada para a Alemanha Nazista pelo governo Vargas, onde morreu em um campo de concentração. Por pouco, o bebê não teve o mesmo destino.
Em 1946, Prestes foi o candidato mais votado do Brasil e se tornou senador constituinte. Com o Golpe Militar de 1964, foi para a clandestinidade e, em seguida, para o exílio, de onde só voltou em 1979, com o decreto da Anistia. Uma multidão foi esperá-lo no aeroporto.
Em busca do que julgava ser um país mais justo, Prestes lutou pela volta das eleições diretas e, antes de morrer, ainda viu ruir o Muro de Berlim e o sonho da supremacia do comunismo, no qual tanto acreditava. Um homem com uma trajetória notável e que, 25 anos após sua morte, merece ser relembrado.
O Caminhos da Reportagem vai ao ar, nesta quinta (16/7), às 22h
Reportagem: Vera Barroso
Direção, Roteiro e Edição de Texto: Rafael Casé
Edição de Imagens: Fábio Melo
Produção Executiva: Linei Lopes
Imagens: Édina Girardi
Auxiliar: Caio Araújo
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