No Instituto Inhotim, a diretora-executiva Raquel Novais apresenta obras de arte e mostra como é a acessibilidade do local, essencial para pessoas com deficiência que visitam o Instituto. “A arte contemporânea permite não só contemplar, mas também ter outras relações sensoriais, que seja tátil, auditiva. Então, há obras em que pessoas com deficiência podem ter a mesma experiência que outras sem qualquer tipo de deficiência”, explica.
O setor educativo do Instituto costuma receber pessoas de grupos escolares e busca enriquecer a experiência dos visitantes por meio de visitas mediadas. Entre os grupos está o de pessoas com deficiência, para quem o Inhotim elaborou propostas que valorizam o diálogo. “Nunca vamos fazer aquela visita guiada em que eu fico falando e pessoa só ouvindo”, explica Wendel Silva, que trabalha no setor educativo. Um exemplo desse circuito sensorial é o espaço dos Jardim de Todos os Sentidos. Nele, três jardins circulares contêm plantas medicinais, plantas aromáticas e plantas tóxicas. Nos espaços de plantas medicinais e aromáticas, a pessoa com deficiência visual pode tocar nas espécies, cheirar e até provar um chá feito com a planta.
Além de se preocupar com a acessibilidade do local, o Instituto Inhotim conta com funcionários com deficiência em sua força de trabalho. A monitora de galeria Rosemary Calisto tem síndrome de Down e trabalha no Inhotim há oito anos. “Eu já visitava o parque. Aí falei assim: 'quero trabalhar, igual a minha irmã trabalha, minha mãe trabalha em casa, meu pai trabalha, mas eu não'”, relata.
Apresentação: Juliana Oliveira
Direção: Angela Reiniger
Reportagem: Fernanda Honorato e Zé Luis Pacheco
Produção: Ricardo Petracca
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