O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, que foi interventor da Segurança Pública no Distrito Federal, foi escolhido ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele assume a vaga do general Gonçalves Dias, que pediu afastamento do cargo.
O ministro deixou o cargo no mesmo dia em que vídeos que estavam sob sigilo - por fazerem parte de inquérito policial - foram divulgados pela emissora CNN. As imagens são de 8 de janeiro, dia dos atos antidemocráticos, e revelam que tanto o general quanto outros funcionários da pasta estavam dentro do Palácio do Planalto durante os ataques.
Em nota, o gabinete esclareceu que as imagens mostram a atuação dos agentes de segurança para evacuar o terceiro e o quarto pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde foram presos. Quanto às afirmações de que agentes do GSI teriam colaborado com os invasores, a nota diz que as condutas dos agentes públicos estão sendo apuradas em sindicância dentro do ministério. E, se ações irregulares forem comprovadas, os autores serão responsabilizados.
A Secretaria de Comunicação da Presidência, também em nota, informou que todos os envolvidos nos atos criminosos no dia 8 de janeiro, sejam civis ou militares, estão sendo identificados pela polícia federal e apresentados ao ministério público e ao poder judiciário.
Réus
Ainda sobre os atos golpistas, o Supremo Tribunal Federal (STF) já formou maioria para tornar réus cem acusados de envolvimento nas ações de vandalismo contra o STF, o Congresso e o Palácio do Planalto. Até o momento, além do relator Alexandre de Moraes, os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Carmen Lúcia, Gilmar Mendes e Roberto Barroso votaram a favor do recebimento das denúncias. A votação virtual termina às 23h59 da próxima segunda-feira (24).
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