Também morreu nesta terça-feira (9), no Rio, o ex Deputado Federal e jornalista David Miranda, aos 37 anos. David Miranda faria 38 anos amanhã (10). Ele foi internado em 6 de agosto para tratar uma infecção gastrointestinal e teve infecções sucessivas, em um quadro de septicemia que é uma infecção grave causada por microrganismos.
Miranda deixa o marido, o jornalista Glenn Greenwald, e dois filhos. A morte foi comunicada por Glenn nas redes sociais que relatou a batalha de nove meses na UTI e complementou que David morreu em paz, cercado pelos filhos, família e amigos. Várias autoridades políticas e amigos lamentaram a morte nas redes sociais. O presidente Lula fez uma postagem dando sentimentos à família e ainda destacou a trajetória extraordinária de David Miranda. A presidente do partido dos trabalhadores, Gleisi Hoffmann, lamentou a morte precoce de David. Assim como o próprio partido que ainda externou solidariedade ao jornalista Glenn. Carlos Luppi, presidente nacional licenciado do PDT, também lamentou a morte do ex-deputado. O PSOL também fez uma postagem destacando o protagonismo de David no partido. David coordenou a campanha pelo asilo a Edward Snowden no Brasil e trabalhou com o marido Glenn Greenwald nas revelações dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos. Em 2013, David foi detido pelo governo britânico pelo trabalho que fez sobre a vigilância em massa. Ativista LGBT, ele ingressou na política nas eleições de 2016, quando disputou por uma vaga pelo PSOL na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e foi eleito como o primeiro vereador LGBT na história da Câmara do Rio. Em 2019, ocupou a vaga do Deputado Federal eleito Jean Wyllys, que decidiu não assumir o mandato e deixou o país devido a ameaças de morte. No mesmo ano, foi eleito pela revista Time como um dos 10 líderes da próxima geração.
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