Uma importante decisão da Justiça para responsabilizar crimes cometidos durante a ditadura militar. Um ex-delegado foi condenado por ocultação de cadáver na década de 70. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal e a condenação é da Justiça Federal de Campos dos Goytacazes, norte do Rio de Janeiro.
O ex-delegado Cláudio Antônio Guerra, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), do Espírito Santo, foi sentenciado a sete anos de prisão, em regime semiaberto. A ação penal é relacionada ao desaparecimento de 12 militantes políticos.
A Justiça entendeu que os crimes são contra a humanidade e, então, não passíveis de prescrição, de acordo com a Constituição Brasileira e normas internacionais de direitos humanos.
A denúncia contra o ex-delegado foi apresentada em 2019 pelos crimes de destruição e ocultação de cadáveres. Ele também foi acusado de sequestro, homicídios e associação criminosa. O próprio ex-delegado confessou os crimes numa autobiografia. Ele conta ter recolhido 12 corpos e os levado para incineração entre 1973 e 1975.
Em entrevista à TV Brasil, Cláudio Antônio Guerra relatou como funcionava a perseguição a militantes de esquerda. Até um documentário foi lançado com a participação do ex-delegado.
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