A cultura brasileira está de luto. Morreu, nesta quinta-feira (6), em São Paulo, o dramaturgo, ator e diretor José Celso Martinez Corrêa, aos 86 anos. Zé Celso revolucionou a arte brasileira com o Teatro Oficina, influenciou gerações e foi nome importante na resistência à ditadura.
Ele estava internado no Hospital das Clínicas, desde terça-feira (4) de manhã, depois de um incêndio no apartamento onde ele morava. A principal suspeita é de que esse incêndio tenha começado por causa de um aquecedor elétrico no quarto do artista. Ele foi socorrido com muitas queimaduras, mas teve mais da metade do corpo queimado e precisou ser entubado e internado na UTI. Outras três pessoas que também foram intoxicadas com o incêndio, entre eles o marido de Zé Celso, o ator Marcelo Drummond, e continuam internadas, mas fora de perigo.
Ainda não há detalhes sobre o que vai acontecer a partir de agora, como será o velório e enterro de Zé Celso. A notícia da morte foi dada por volta das 10h. Nas redes sociais o Teatro Oficina postou “Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo.”. E completa dizendo que a fênix Zé Celso partiu para a morada do sol.
José Celso Martinez Corrêa começou no teatro no fim da década de 1950 e logo se tornou criador e a alma do teatro oficina, que influenciou gerações e criou uma linguagem arrojada, interativa, contestadora e também de resistência à ditadura militar.
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