Maceió segue em estado de alerta máximo. Mais de 50 mil moradores tiveram que sair de casa devido aos deslocamentos de terra em uma mina onde existe a exploração de sal-gema. Os tremores podem causar afundamentos no solo e com isso parte do bairro do Mutange, na capital alagoana pode desabar. Por ordem da justiça a Defesa Civil começou a retirar os moradores das áreas de maior risco. Bairros inteiros estão isolados por causa dos danos causados no subsolo.
Segundo o governo de Alagoas, aconteceram cinco tremores de terra no mês de novembro. O desabamento pode ocasionar a formação de grandes crateras. Os engenheiros da Defesa Civil alertaram para os perigos de um efeito cascata em outras minas. A exploração de sal-gema em Maceió pela Braskem deixou cavernas abertas, que começaram a ser fechadas nos últimos cinco anos. A medida foi adotada depois que técnicos do serviço geológico brasileiro descobrirem afundamentos do solo e rachaduras em prédios de vários bairros.
Em julho, a prefeitura de Maceió fechou com a Braskem um acordo de indenização no valor de R$ 1,7 bilhão. O dinheiro deverá ser usado em obras na cidade e na criação de um fundo de amparo aos moradores afetados pelo desastre.
Em nota, a Braskem informa que continua monitorando a situação da mina e tomando todas as medidas para minimizar os impactos na região. Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades. De acordo com a empresa a extração de sal-gema em Maceió foi encerrada em 2019 e estão sendo realizadas intervenções para fechar completamente os poços de exploração. A conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025.
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