O prédio onde funcionou a sede do DOPS, no Rio de Janeiro, poderá ser transformado em Centro de Memória e Direitos Humanos. A iniciativa é do Ministério Público Federal, que atendeu a uma reivindicação do Grupo Memória, Verdade, Justiça e Reparação.
Este prédio, no centro do Rio, faz parte de um tempo sombrio da história do país. Aqui funcionou a sede do DOPS: Departamento de Ordem Política e Social - um dos símbolos dos horrores cometidos por duas ditaduras: a do Estado Novo, decretada por Getúlio Vargas, em 1937. E a do regime militar iniciado em 1964.
O prédio está fechado desde meados da década de 1980, época em que se deu a redemocratização do país. Há anos, grupos de defesa dos direitos humanos reivindicam o prédio para que seja transformado em um Centro de Memória.
Agora, o Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para analisar a proposta. O Coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação é uma dessas organizações. Ele reúne ex-presos políticos, familiares de mortos e desaparecidos e militantes de direitos humanos.
O grupo argumenta que o edifício está abandonado e há o risco da perda de material de importância histórica. No prédio há carceragens, documentos e até uma sala, que usada em sessões de tortura. A polícia civil, que hoje administra o edifício, tem até 10 dias para se manifestar.
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