A Justiça retomou o julgamento dos 12 policiais militares acusados de participar do crime que ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis. O caso aconteceu em 2019 durante um baile funk na segunda maior comunidade de São Paulo, na zona sul da cidade.
Nove pessoas morreram e até hoje ninguém foi condenado. De São Paulo, a Sarah Quines tem as informações.
A audiência faz parte da fase de instrução, quando as provas são colhidas. A expectativa era ouvir 25 testemunhas de acusação e 5 de defesa. O caso, que ficou conhecido como Massacre de Paraisópolis, completou 4 anos no dia 1º de dezembro.
Naquela madrugada, policiais militares, sob a justificativa de perseguir dois suspeitos de roubo em uma moto, invadiram um baile funk onde havia cerca de 5 mil pessoas. Houve um grande tumulto, muitos ficaram encurralados.
Foram usados gás lacrimogênio e bombas de efeito moral e na confusão 9 jovens entre 14 e 23 anos morreram: 8 por asfixia e 1 por traumatismo. Além disso, todos tinham sinais de que foram pisoteados.
O processo apura a responsabilidade de 12 PMs pelas mortes das vítimas e de mais um por expor pessoas a perigo. Os policiais aguardam os julgamentos em liberdade.
A audiência é a segunda sobre o caso de Paraisópolis. A primeira foi realizada em julho deste ano, quando 10 testemunhas de acusação foram ouvidas. Antes da audiência, familiares das vítimas e movimentos sociais realizaram um protesto.
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