Os próximos dias serão cruciais para o futuro do governo Dilma Rouseff. Na terça-feira (29), membros do PMDB se reúnem para decidir quem fica e quem deixa oficialmente a gestão petista. Principal partido de apoio ao PT, o PMDB tem sete ministérios, além da vice-presidência, com Michel Temer.
Ainda nesta semana, os ministros do Supremo Tribunal Federal decidem se revogam ou não a decisão do ministro Gilmar Mendes, tomada há mais de uma semana, que suspendeu a posse de Lula como ministro da Casa Civil.
Apesar de não poder exercer as atividades de ministro, o ex-presidente Lula tem atuado paralelamente como articulador do governo, a fim de retomar a base no Congresso. Mais que nunca, o governo precisa dialogar com as duas casas do poder legislativo, para evitar o impeachment de Dilma e passar o pacote de propostas do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, criado para estabilizar a economia.
Para avaliar o delicado cenário, as cartas que o governo tem em mãos e como organizações internacionais têm se posicionado sobre um possível impeachment de Dilma, Luis Nassif recebe o cientista político e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, Wagner Iglecias; o colunista de política do portal Fato Online, Tales Faria; o presidente da Associação Juízes para a Democracia, André Augusto Bezerra; e o economista coordenador do Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC-SP e sócio-diretor da ACLacerda, Antonio Corrêa de Lacerda.
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