“Infelizmente, politizam algumas questões de forma muito equivocada como, por exemplo, tudo que diz respeito ao BNDES”, declarou Armando Monteiro. Segundo o ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é preciso lembrar que, nos últimos oito anos, o volume total de financiamentos do BNDES foi de US$ 11 bilhões, apenas 3% do orçamento do banco que, no mesmo período, foi de US$ 400 bilhões.
“Vejo no debate equivocado raciocínios como, por exemplo, a frase ‘estão financiando um porto em Cuba, mas deveriam estar financiando no meu estado’. Ora, isso não é Orçamento Geral da União, é banco, e banco é projeto, é financiamento, é demanda”, acrescenta.
Armando Monteiro destacou os principais objetivos do Plano Nacional de Exportação (PNE), lançado este ano. O principal é o restabelecimento do parque industrial do país, abalado em anos recentes pela forte contração da demanda doméstica e ajustes econômicos. “O comércio exterior é, na essência, um tribunal da competitividade, uma forma de elevar a competitividade das empresas brasileiras”, disse Monteiro ao apresentador Luis Nassif.
Monteiro afirmou que o Brasil continuará reforçando laços com o Mercosul, mas a prioridade do governo será integrar o país com regiões de maior dinamismo, em especial os Estados Unidos, que representam 75% do mercado de manufaturados do Brasil, e União Europeia.
O MDIC encomendou à Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) um mapa estratégico dos mercados-alvo para empresas brasileiras, que apontou os 32 países mais importantes. O ministro reconheceu que competitividade e a agregação de valor aos produtos são dois problemas da indústria nacional que precisam ser solucionados.
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