No programa deste domingo (1 ), às 20h, Roberto D" Avila entrevista o coordenador executivo do AfroReggae, José Júnior. Ele fala sobre o assassinato de Evandro Silva, coordenador de projetos sociais do grupo. No dia 22 de outubro, Evandro foi morto durante um assalto no centro do Rio de Janeiro. As ações dos policiais que abordaram os suspeitos do assassinato geraram polêmica. Evandro foi vítima daquilo que mais procurava combater enquanto membro do AfroReggae: a violência.
Existente desde 1993, o Grupo Cultural AfroReggae (GCAR) foi fundado por José Júnior e Plácido Pascoal. Júnior poderia ter tido o destino de milhares de jovens que moram em comunidades carentes, o do narcotráfico e da criminalidade, mas encontrou na arte e cultura um caminho promissor.
Decidiu combater a violência nas favelas cariocas e oferecer um outro destino àqueles jovens sem perspectiva de integração social. Junto com o AfroReggae atua em diversas comunidades carentes promovendo a arte, cultura afro-brasileira e cursos profissionalizantes. Em 16 anos de existência, o grupo conseguiu a inclusão social de milhares de adolescentes, afastando-os da violência, do narcotráfico e do subemprego.
Hoje, o AfroReggae é uma das ONGS mais atuantes na área de integração sócio-cultural no Brasil, com reconhecimento dentro e fora do país. Possui 70 projetos culturais em andamento, além de realizar apresentações musicais e de dança em várias partes do mundo. Em 2006, os integrantes receberam da Unesco uma Menção Honrosa no Prêmio Madjaneet Singh pela promoção da tolerância e não violência. O grupo tem núcleos de cultura nas comunidades de Vigário Geral, Cantagalo, Parada de Lucas, Complexo do Alemão e de Nova Iguaçu.
No programa, Júnior também fala sobre as dificuldades de se acabar com o tráfico de drogas e da relação entre o narcotráfico, polícia e violência.
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