
Nascido Heráclito Fontoura Sobral Pinto, em 5 de novembro de 1893, na mineira Barbacena, Sobral Pinto foi um defensor incansável da democracia e dos direitos humanos. Católico fervoroso, conservador politicamente, não distinguia a ideologia de seus clientes, mesmo se fossem comunistas ateus. Foi advogado de Luis Carlos Prestes, do escritor Graciliano Ramos, de Carlos Mariguela e até do lider intregralista Plínio Salgado. Para ele, o que importava era que a causa fosse justa.
Ao longo das muitas lutas que travou em favor do Estado de Direito, Sobral Pinto foi preso três vezes. A primeira, em 1932, no início do Governo Vargas. Depois, em 1937, durante a ditadura do Estado Novo. A última, em 1968, durante o regime militar. Foi também nesta ocasião que proferiu uma de sua melhores frases. Ao ouvir do carcereiro que o AI-5 dava início a uma democracia brasileira, ele retrucou dizendo que poderia existir peru à brasileira, mas não democracia, pois esta era universal e sem adjetivos.Sobral Pinto também abraçou a campanha das eleições diretas para a presidência e emocionou mais de um milhão de pessoas, num comício no Rio, quando discursou dizendo que todo o poder emanava do povo e em nome do povo deveria ser exercido. Sobral Pinto, o advogado do Brasil, no De lá pra cá.
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