Autor de preciosidades da música brasileira, como "Eu sei que vou te amar" e "A felicidade', Vinícius de Moraes possui uma obra vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Sua vida e sua obra serão lembradas nesta quinta-feira (24), pelo programa De lá pra cá. Na edição, Ancelmo Gois e Vera Barroso recebem o biógrafo José Catello, autor do livro "Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão - uma biografia", o compositor João Bosco, a cantora Mônica Salmaso e o professor de Literatura e poeta Eucanaã Ferraz.
No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra. Ele integrou um dos movimentos mais importantes da música brasileira, a Bossa Nova, iniciado em 1958. A pedra fundamental do movimento veio com o álbum "Canção do Amor Demais", gravado pela cantora Elizeth Cardoso. Além da faixa-título, o antológico LP contava ainda com outras canções de autoria da dupla Vinicius e Tom, como "Luciana", "Estrada Branca", "Outra Vez" e "Chega de Saudade", em interpretações vocais intimistas.
Diplomata, Vinícius de Moraes foi aposentado pelo Ato Institucional 5 criado pela ditadura militar brasileira em 1968, após 26 anos de serviços prestados ao MRE, fato que o magoou profundamente. A reabilitação ao corpo diplomático brasileiro só ocorreu trinta anos depois de sua morte, por meio da Lei 12.265 de 21 de junho de 2010. Vinícius faleceu no Rio de Janeiro, em 9 de julho de 1980.
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