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EM E DE RECUPERAÇÃO

Há cerca de duas semanas estava assistindo pela TV a alguns jogos de campeonatos europeus e não pude deixar de pensar na quantidade de jogadores que o Brasil "fabrica". Reclamamos, com razão, da baixa qualidade do futebol apresentado em nossos campos pelo simples fato de que temos, sim, o melhor futebol do mundo. Que outro país lança no mercado tantos bons jogadores? É claro que craques como os do passado não existem mais, e nem adianta a gente ficar querendo comparar. Mas não há dúvidas, também, de que se não são "tão" craques como os de antes, são bem melhores que os surgidos em outros pontos do planeta.

E falo tudo isso para citar Ronaldo e Adriano. O Fenômeno e o Imperador. São de duas gerações diferentes, mas que demonstram a qualidade do Brasil na formação de talentos. Como são de épocas próximas, até é possível compará-los e não é difícil dizer que Ronaldo é melhor que Adriano. Pode não ter a mesma força física, mas tem habilidade bem superior. Ronaldo é craque; Adriano é um ótimo atacante.

Mas como são distintos em suas histórias. A origem, humilde, é a mesma. A saída prematura para o exterior também aconteceu com ambos. No entanto, além das noitadas e das notícias nada positivas extra-campo, a carreira não é.

Ronaldo é um exemplo de superação. Poucos jogadores passaram por tantos problemas em campo quanto ele. E alguns agravados por atitudes que não condizem com a de um atleta, de um espelho como ele é para muitos jovens. No entanto, o Fenômeno merece este apelido não só pelo que faz em campo, como pelas constantes viradas na carreira, que surpreendem cada vez mais. Aí está ele, mais uma vez, dando ao Corinthians um retorno muito maior e muito mais rápido que o esperado. Que investimento!! Ainda EM recuperação, Ronaldo já dá mostras de estar pronto para ser mais uma vez aprovado.

Já Adriano... se fosse na escola, certamente estaria DE recuperação, a um passo de repetir de ano. Como pode alguém abandonar a carreira como ele fez? É fato que jogar na Itália, ter muito dinheiro e mais e mais coisas não dá garantia de felicidade. Mas não pode, também, tão logo rompeu com a Inter, anunciar que já está com saudades da bola. Como crédito a ele, lembro que Adriano ficou sem chão quando perdeu o pai. Me parece que era ele, o pai, quem dava todo o suporte ao filho. E talvez não tenha surgido alguém para estender a mão naquele momento.

Se por um lado nós, amantes do futebol, vibramos com a alegria de Ronaldo, sofremos, também, com a tristeza de Adriano. São "produtos" brasileiros, dos nossos campos, das nossas raízes. Precisamos dos dois, não sei se novamente na Seleção, mas certamente em nossos gramados.




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Criado em 27/04/2009 - 15:11 e atualizado em 27/04/2009 - 15:11

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