O Complexo Cultural Fazenda Machadinha, em Quissamã, no Rio de Janeiro, guarda um capítulo especial da história da colonização do Brasil. A herança da cultura negra, fruto da resistência dos escravos, é a marca registrada do local, e aparece na culinária tradicional, nas festas do jongo e do fado, típicas da região.
Localizada no norte fluminense, a Fazenda Machadinha foi um tradicional engenho de cana-de-açúcar da região, que no século XIX já contava com sete engenhos e grande produção de açúcar. Com o fim do ciclo do açúcar, esses engenhos ficaram desativados, e as fazendas foram gradativamente abandonadas. O Solar de Machadinha, a casa grande da fazenda, foi desocupada e largada ao tempo.
O fato original em Machadinha é que os descendentes dos escravos permaneceram em suas senzalas, criando ligações profundas com a terra e a região. Na década passada, as instalações da Fazenda Machadinha passaram por uma ampla reforma, e foram transformadas no Complexo Cultural Fazenda Machadinha, patrimônio cultural tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
O Expedições desta semana mostra a força viva dessa herança cultural dos escravos: suas festas, arte e tradições. E ouve especialistas, como o pesquisador Leonardo de Vasconcelos, além de antigos moradores, como Seu Tide e Dona Preta.
Apresentação: Paula Saldanha
Produção: RW Cine
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